No final da esmagadora vitória dos Portugueses
sobre os Castelhanos na Batalha de Aljubarrota, um grupo de sete castelhanos
teria fugido para a vila de Aljubarrota, escondendo-se no forno de uma padaria
local. Quando a padeira da vila, percebeu do esconderijo dos castelhanos, pegou
na pá de enfornar o pão e matou os castelhanos à medida que eles saiam do
forno. Outra versão, garante que ela os cozeu…
Mas afinal, quem é esta padeira
retratada nesta lenda?
Tem-se dito que se
trata de uma Brites de Almeida, sobre quem se conta muita coisa. Teria nascido
no Algarve por volta de 1350, filha de humildes taberneiros, e que pelos vinte
anos teria ficado órfã. Não querendo seguir o negócio dos pais, fez-se ao
caminho e à vida. Mulher com mau feitio, tendo fama de agressiva, era conhecida
por ter seis dedos em cada mão. Consta
que teria morto um soldado à tareia. Com medo da prisão, a padeira, fugiu para
a costa, onde tencionada embarcar para longe. Porém, seria apanhada por piratas
e vendida em Argel como escrava. Passado pouco tempo, matou o seu dono e voltou
a fugir por mar, tendo chegado à Ericeira. Daí a Aljubarrota é um pulinho e será
aí, que irá empregar-se numa padaria local.
Mas, o que é que há de verdade nisto
tudo? Mito, lenda e realidade cruzam-se na história de Brites de Almeida, de
tal modo que é difícil de destrinçar a verdade da mentira. Mesmo que a sua
bibliografia seja verdadeira, já o feito que a celebrizou nada mais é que uma
lenda local.
São com estas
lendas que se consegue preservar a memória, que é coisa que faz muita falta aos
povos.
Bibliografia
Equívocos, enganos e falsificações da
história de Portugal,
Sérgio Luís de Carvalho.
Matilde Santos, 7ºAno A
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