Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus (trailer)
Em 1940, o cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides Mendes, desafiou ordens expressas do ditador António de Oliveira de Salazar. Durante três
dias e três noites concedeu milhares de vistos de entrada em Portugal, a
refugiados judeus de várias nacionalidades que fugiam de França que seria
ocupada pela Alemanha nazi.
Salazar
ordenou o regresso de Sousa Mendes e a abertura de um processo disciplinar por
violação da Circular 14 e a criação de uma situação desonrosa perante as
autoridades espanholas e alemãs. O próprio ditador despacha a brutal pena: um
ano de suspensão, com redução do vencimento a metade, seguido de aposentação
compulsiva. Sousa Mendes deixou de exercer qualquer profissão.
Após o seu
afastamento da carreira diplomática, Sousa Mendes passou a levar a família à
sopa dos pobres e os restantes anos da vida foram financeiramente difíceis.
Segundo,
Yad–Vashem, instituição judaica
vocacionada para o estudo do Holocausto, Sousa Mendes terá salvo entre 10 mil e
15 mil judeus, tendo sido a maior operação de salvamento levada a cabo por um
só homem durante a Segunda Guerra.
Em 1986, a 15
de Novembro, foi condecorado, a título póstumo com o grau de Oficial da Ordem da liberdade. O presidente da
República Portuguesa, Mário Soares, reabilita
assim Aristides de Sousa Mendes e a sua família recebe as desculpas públicas,
dezasseis anos após a morte de Salazar.
Se queres saber a localidade dos descendentes destes judeus, clica aqui
Fontes
Francisca
Santos, 9ºA
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