quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus...

Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus (trailer)

            Em 1940, o cônsul de Portugal em Bordéus,  Aristides Mendes, desafiou ordens expressas do ditador  António de Oliveira de Salazar. Durante três dias e três noites concedeu milhares de vistos de entrada em Portugal, a refugiados judeus de várias nacionalidades que fugiam de França que seria ocupada pela Alemanha nazi.
      Salazar ordenou o regresso de Sousa Mendes e a abertura de um processo disciplinar por violação da Circular 14 e a criação de uma situação desonrosa perante as autoridades espanholas e alemãs. O próprio ditador despacha a brutal pena: um ano de suspensão, com redução do vencimento a metade, seguido de aposentação compulsiva. Sousa Mendes deixou de exercer qualquer profissão.
       Após o seu afastamento da carreira diplomática, Sousa Mendes passou a levar a família à sopa dos pobres e os restantes anos da vida foram financeiramente difíceis.
Segundo, Yad–Vashem,  instituição judaica vocacionada para o estudo do Holocausto, Sousa Mendes terá salvo entre 10 mil e 15 mil judeus, tendo sido a maior operação de salvamento levada a cabo por um só homem durante a Segunda Guerra.
       
         Em 1966 o Memorial de Yad Vashem, em Israel, presta-lhe homenagem atribuindo-lhe o título de "Justo entre as nações". 
       Em 1986, a 15 de Novembro, foi condecorado, a título póstumo com o grau de Oficial da Ordem da liberdade. O presidente da República Portuguesa, Mário Soares, reabilita assim Aristides de Sousa Mendes e a sua família recebe as desculpas públicas, dezasseis anos após a morte de Salazar.


Se queres saber a localidade dos descendentes destes judeus, clica aqui




Fontes
  
Francisca Santos, 9ºA

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