terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O Rinoceronte da Torre de Belém...



       Afonso de Albuquerque, vice- -rei da Índia, quis construir uma fortaleza na região de Diu, cidade situada no Reino de Cambaia e governada pelo rei Modofar. Afonso de Albuquerque enviou uma embaixada ao rei de Cambaia, pedindo autorização para construir a fortaleza. O rei Modofar não cedeu ao pedido, mas, apreciando as oferendas recebidas, deu a Afonso de Albuquerque um rinoceronte. Como era impossível mantê-lo em Goa, o vice-rei decidiu dar o rinoceronte ao rei D. Manuel I, como presente.
      A chegada do animal a Lisboa causou muita confusão e curiosidade, não só em Portugal como no resto da Europa, devido ao seu aspeto - o rinoceronte pesava mais de duas toneladas e tinha uma pele espessa e rugosa, parecendo uma armadura.
     O rinoceronte ficou instalado no parque do Palácio da Ribeira e, mais tarde, oferecido pelo rei português ao chefe do Vaticano. O barco onde ia o animal afundou-se, tendo este morrido.
  Em Portugal, o rinoceronte foi imortalizado, encontrando-se representado numa das guaritas da Torre de Belém e também no Mosteiro de Alcobaça, onde existe uma representação naturalista do animal de corpo inteiro, com função de gárgula, no Claustro do Silêncio. Foi também desenhado por Albrecht Dürer, baseado na carta de um mercador português que continha um desenho do rinoceronte.

Fontes

Carolina Viseu, 8ºA

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