Afonso de
Albuquerque, vice- -rei da Índia, quis construir uma fortaleza na
região de Diu, cidade situada no Reino de Cambaia e governada pelo rei Modofar.
Afonso de Albuquerque enviou uma embaixada ao rei de Cambaia, pedindo
autorização para construir a fortaleza. O rei Modofar não cedeu ao pedido, mas,
apreciando as oferendas recebidas, deu a Afonso de Albuquerque um rinoceronte.
Como era impossível mantê-lo em Goa, o vice-rei decidiu dar o rinoceronte ao
rei D. Manuel I, como presente.
A chegada do
animal a Lisboa causou muita confusão e curiosidade, não só em Portugal como no
resto da Europa, devido ao seu aspeto - o rinoceronte pesava mais de duas
toneladas e tinha uma pele espessa e rugosa, parecendo uma armadura.
O rinoceronte ficou instalado no parque do
Palácio da Ribeira e, mais tarde, oferecido pelo rei português ao chefe do
Vaticano. O barco onde ia o animal afundou-se, tendo este morrido.
Em Portugal, o
rinoceronte foi imortalizado, encontrando-se representado numa das guaritas da
Torre de Belém e também no Mosteiro de Alcobaça, onde existe uma representação
naturalista do animal de corpo inteiro, com função de gárgula, no Claustro do
Silêncio. Foi também desenhado por Albrecht Dürer, baseado na carta de um
mercador português que continha um desenho do rinoceronte.
Fontes
Carolina Viseu, 8ºA
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