terça-feira, 25 de outubro de 2016

Shar-Pei, um cão com vinte séculos...

       
       O sharpei (ou shar-pei) é um cão conhecido pelas suas rugas e por ser muito dócil mas, na sua origem, a história modifica-se. Esta raça surgiu no Tibet há cerca de vinte séculos, apesar de já existir registos nas obras de arte da Dinastia Chinesa de Han (séc.III a.C.- séc.III d.C.). O sharpei era considerado um cão de trabalho: caçava javalis, guardava rebanhos e era utilizado em combates contra outros cães devido às suas rugas, que permitiam que as feridas não passassem da pele. Nestas lutas, acredita-se que fossem usadas drogas para aumentar a agressividade (uma vez que esta sempre foi uma raça de cães amáveis).
       Nessa altura o sharpei era um cão alto e bastante rugoso, mas desde a revolução comunista de 1949, houve várias mudanças. Os únicos cães permitidos eram os dos camponeses que eram usados unicamente para caça. Cães "não trabalhadores" começaram a ser alimento para o povo, surgindo assim o hábito no país de comerem carne canina. Por sorte, o sharpei era conhecido por ser um bom exemplar de caça, por azar, havia um pequeno número de caçadores. Os sharpeis sobreviventes ainda tiveram que enfrentar a desnutrição, diminuindo significativamente o tamanho, gerando gerações mais pequenas. Em 1974, a raça teve lugar no Guiness de Record como o cão mais exótico e raro do planeta. No ano anterior, houve um grande apelo à raça, por parte dos chineses sugerindo que os cães fossem exportados para a América, assim aconteceu e ganharam grande prestígio em todo o mundo.

       Na década de noventa, o sharpei passou a ser uma das raças mais desejadas e caras do mundo, chegando a custar 6.000 dólares na América, sendo impossível resistir à sua fofura.

Fontes
imagem - é o meu cão
texto inspirado: https://maedesharpei.wordpress.com/a-origem/                                         
Catarina Antunes, 8ºA, nº5

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