"Rise Of Black Pharaohs" (National Geographic)
No ano de 730 a.C., um homem chamado
Piye reinou na Núbia, atual Sudão. Este rei, inimigo dos egípcios, tinha como
sonho ser também o Senhor do Egito, o legítimo herdeiro das tradições
espirituais mantidas por faraós, como Ramsés II e Tutmés III. Invadiu e conquistou
o Egipto. Apesar da sua grande conquista, o senhor das duas terras, preferiu
viver na Núbia e pensa-se que nunca mais regressou ao Egipto.
Em 715 a.C., quando Piye morreu,
encerrando um reinado de 35 anos, seus súditos atenderam a seu desejo e o
enterraram em uma pirâmide de estilo egípcio, juntamente com quatro de seus
amados cavalos. Nada do semblante literal desse grande núbio sobreviveu. As
imagens de Piye nos elaborados blocos de granito, conhecidos como estelas, e
que registram sua conquista do Egito, foram apagadas. Em um relevo no templo da
capital núbia de Napata, restaram apenas as pernas de Piye. Só temos certeza de
um único detalhe físico do faraó: a cor de sua pele, que era negra.
Na antiguidade, a cor não
era fruto de preconceito. Os faraós negros tinham peles escuras e isso não era
um fator relevante. Na civilização Egípcia, a escravidão não era imposta pela
cor e sim por dois motivos, ou eram prisioneiros de guerra, ou se tornava
escravos por dívidas. A cor da pele não importava socialmente.
Piye foi o primeiro dos chamados
"faraós negros" - uma série de soberanos de etnia africana que
reinaram sobre todo o Egito durante três quartos de século, constituindo a 25ª
dinastia.
Fontes
Filipe Lourenço,
7ºAno A
1 comentário:
Amei😉👏👏👏
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